O assistencialismo é a ação de pessoas, organizações governamentais e entidades sociais junto às camadas sociais mais desfavorecidas, marginalizadas e carentes, caracterizada pela ajuda momentânea, filantrópica, pontual (doações de alimentos e medicamentos, por exemplo). Tal prática, desprovida de teoria, não é capaz de transformar a realidade social das comunidades mais pobres, pois atende apenas às necessidades individuais e a ajuda é feita por meio de doações. A falta de mudanças estruturais significativas não tira os necessitados da condição de carentes, pois não há elaboração projetos e políticas assistenciais. Um dos problemas suscitados pelo assistencialismo é a conservação da situação de carência das camadas marginalizadas por finalidades político-econômicas, visto que, por ser uma prática de doação, é um ótimo meio de construção de uma imagem favorável dos doadores em relação a certos públicos (principalmente os mais desinformados).
Para que haja mudanças na realidade social dos indivíduos marginalizados é necessário um acompanhamento processual através de projetos elaborados de acordo com as necessidades de cada comunidade, ou seja, uma assistência social ao invés de um assistencialismo.
A assistência social, diferentemente do assistencialismo, surgiu na década de 1930 e é regulamentada através da Lei nº.8662, de 07 de junho de 1993. Para atuar nessa área, há o Assistente Social, profissional formado em Serviço Social. Tal profissional elabora, executa e avalia políticas sociais junto às entidades e organizações populares e órgão da administração pública, além de prestar orientação a indivíduos, grupos e população sobre os recursos que lhes são disponíveis e o uso dos mesmos na defesa de seus direitos. A ação de assistência social visa atender às necessidades das comunidades marginalizadas, atendendo seus problemas emergentes ou permanentes, através de projetos e planejamentos que procuram prevenir exclusões sociais, riscos e vulnerabilidades. Algumas das características da assistência social são a atenção, o amparo, a proteção, a ajuda e o socorro médico. Os meios para suprir certas necessidades podem ser os serviços de saúde, as creches, o atendimento à maternidade e à infância, entre outros.
Está aí mais um nicho para o profissional de Relações Públicas, assim como mais uma profissão parceira – o assistente social, que pode trabalhar em conjunto com os profissionais de RP na elaboração e execução de projetos sociais, tanto para empresas quanto para ONG´s.
*Texto escrito em conjunto com as estudantes de Relações Públicas Camila Morais e Adriana Sarneiro.