FIQUE BEM INFORMADO

Neste blogue há diversas informações cotidianas relevantes. São crônicas, artigos e textos que escrevi, ou li em algum site e achei importante corpartilhá-los. Na maioria, expressam a mais pura Questão Social. São informativos sociais, de utilidade pública, que esclarecem dúvidas que, muitas vezes, não são discutidas, mas deveriam.

sábado, 22 de outubro de 2011

Bolsa Família

Não me venha com criticas ao Programa Bolsa Família (BF) sem ao menos ter lido a proposta que ele apresenta. Fico louca quando com facilidade as pessoas ignorantes o criticam. Bom... de qualquer forma pra quem tem comida na mesa e um salário fixo mensal é fácil emitir opiniões contrarias ao BF.
O BF é um complemento para a renda de famílias que se encontram a baixo da linha da miséria. O valor destinado é baixo (32 reais por filho até 15 anos), o número máximo de filhos beneficiados são 5 (mudança recente, antes eram 3). O valor não ultrapassa 160 reais e não se faz muita coisa com este valor, nao é? O benefício serve apenas como um complemento da renda familiar.
O Bolsa Família, na verdade, é um excelente mecanismo de garantia dos direitos sociais básicos e de redução da marginalidade, pois obriga as famílias, inclusas no programa, manterem seus filhos na escola e os mesmos devem ter 75% de frequência escolar, sendo que caso isso não ocorra a família é automaticamente desligada do programa, tendo ela apenas mais uma chance de retornar. Não dá para criticar um programa que visa a proteção integral de crianças e adolescentes e a melhoria de vida de famílias que passam fome. Além disso, há, evidentemente, a redução de crianças e adolescentes pedintes, em situação de rua e drogadição. O programa contribui para a redução do trabalho infantil, dentre tantas outras situações que violam os direitos inerentes a estes cidadãos.
Há muitas outras coisas sobre o programa, mas essas informações servem para as pessoas terem uma noção sobre os benefícios da implementação desta ação. 
Patty Py

A Pobreza

Encontrei uma matéria bem interessante que me levou a lembrar de algumas discussões que ocorriam desde o tempo da faculdade. A matéria fala sobre a pobreza e aborda questões bem relevantes que induzem a ela, como o desemprego. Fico irritada com as opiniões alheias, de pessoas que nunca tiveram dificuldades financeiras, que criticam os programas governamentais dizendo que eles estimulam a preguiça e a hiper população. Além disso, para as mesmas, os pobres só são pobres por que assim desejam, pois não trabalham porque não querem, como se fosse fácil conseguir emprego sem estudo, preparação e qualificação profissional. 
Não é fácil ser pobre não meu filho. A pobreza limita muito as pessoas. A falta de alimentação dificulta o raciocínio. Muitas pessoas caminham horas para chegar até a escola, já que a habitação da classe pobre fica na periferia, nas favelas, nos locais distantes da cidade, onde, geralmente,  não há saneamento básico. Dai, vão estudar como? Vão ir faceiros para escola sem nada no estomago e andar horas no sol intenso do verão ou no frio horrível do inverno? 
Aqueles  que persistem e frequentam regularmente a escola sofrem preconceito ou melhor: bulling. Sem roupa adequada, de pés descalço, sem tomar banho, com piolho e ranho escorrendo do nariz. Unhas e cabelos mal cortados. Dai a culpa é da mãe desleixada, muitas vezes, vagabunda, que não cuida dos filhos, aliás, eles estão falando daquela pobre mulher que trabalha como diarista e cuida dos filhos do patrão rico que não está nem ai com os dependentes da doméstica que, provavelmente, estão  sozinhos em casa cuidando uns dos outros. 
Sei que nem todos os casos são iguais, mas, geralmente, se parecem e a história se repede, já que a condição social continua a mesma. 
Ainda falta por em ação muitas politicas sociais, ainda falta sensibilização social, mas os programas de garantia dos direitos sociais básicos que estão em andamento funcionam, lógico que não com a exata eficiência necessária para a mudança, mas a transformação social está ocorrendo e quem trabalha na ''periferia'' percebe. Está na hora de parar de criticar e agir para evitar a futura marginalidade e drogadição das crianças e adolescentes que estão nas ruas, nas portas dos bancos. Vamos pensar juntos, vamos criar alternativas, vamos nos unir: eu, você, nossos vizinhos. Chega de egoismo, vamos pensar nos outros, vamos semear o bem e depois colher os lírios que nascerão do lodo, mas que com um pouquinho de luz terão forças  para se desenvolver e mostrar tamanha beleza. 
Patty Py



Segue abaixo o testo: 

Diariamente todos os brasileiros convivem e visualizam os resultados decorrentes da pobreza, na qual a maioria da população nacional se encontra, os meios de comunicação (revistas, jornais e rádio) divulgam os imensos problemas provenientes de uma sociedade capitalista dividida em classes sociais.
Uma parcela da população acredita que a condição de miséria de milhares de pessoas espalhadas pelo território brasileiro é causada pela preguiça, falta de interesse pelo trabalho, acomodados à espera de programa sociais oferecidos pelo governo, em suma, acham que só não trabalha quem não quer, no entanto, isso não é verdade. Nas últimas décadas, o desemprego cresceu em nível mundial paralelamente à redução de postos de trabalho, que diminuiu por causa das novas tecnologias disponíveis que desempenham o trabalho anteriormente realizado por uma pessoa, a prova disso são os bancos que instalaram caixas de auto-atendimento, cada um desses corresponde a um posto de trabalho extinto, ou seja, milhares de desempregados, isso tem promovido a precarização dos vínculos de trabalho, isso quer dizer que as pessoas não estão garantidas em seu emprego e todos buscam uma permanência no mesmo, antes a luta principal era basicamente por melhorias salariais, atualmente esse contexto mudou. Quando um trabalhador é demitido e não encontra um novo emprego em sua área de atuação, ou em outras, fica impedido de gerar renda, sem condições de arrecadar dinheiro através de sua força de trabalho as pessoas enfrentam dificuldades profundas e às vezes convivem até mesmo com a fome. É comum relatos de professores de escolas de bairros periféricos onde há altos níveis de desemprego a ocorrência de desmaios de alunos por falta de alimentação, muitos estudantes freqüentam a escola por causa da merenda escolar que, pra muitos, é a única refeição do dia. Esse processo de distribuição de renda e desemprego obriga as pessoas a procurar lugares impróprios à ocupação urbana, como não tem condições financeiras para custear moradias dignas, habitam favelas e áreas de risco desprovidas dos serviços públicos (esgoto, água tratada, saúde, educação, entre outros) que garantem uma melhor qualidade de vida. Nesse sentido, há uma camada da população que nem sequer tem um “barraco” em uma favela, vivem embaixo de fachadas de lojas, instituições, praças e pontes. A pobreza é decorrente de vários fatores, os principais são os processos de globalização, a modernização dos meios de produção e a desigual distribuição da renda. 
Por Eduardo De Freitas